quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Maldición del escorpión


O poder que uma mulher tem sobre uma butch não é normal. Há tempos venho constatando isso. Nesses últimos meses parece que passou dos limites da normalidade e chegou nas faces secas da cruel bruxaria ou feitiçaria a la Sebastião do Coroado. Digo isso por causa das minhas amigas, anteriormente citadas. Quem diria que aquelas que vangloriavam sua solteirice como a bandeira de uma nação guerreira ficariam em casa à espera de uma ligação ou até mesmo de uma permissão pra sair.


SENHORAS, eu gritei.

Gritei pasma com a conclusão de tantos acontecimentos.


Angelina, fumante compulsiva (cof... cof...), bêbada inexorável, esculhambada já nos seus 21 anos, hoje vive com os cigarros contados pela maléovola Sovina. O que levava antes um dia pra fumar uma carteira de cigarros agora passa quase um mês.

-Posso fumar mais um, amor?
-Não, não pode!
-Se você disse que não, então tudo bem, amor. Minha vontade já passou, nem era vontade tão forte assim.


As fotos desta cena humilhante foram vetadas por alto contéudo imoral.




Se não bastasse a loura esperta, ainda temos a finess personificada - Zélia, que passa por maus lençois (ou seriam bons?) Zélia, pegadora nata, sorriu-piscou-já-era, atualmente pra dormir fora de casa pede pra Merladinha permissão... triste fim da Glória Kalil maranhense.

Podemos flagrar cenas como:


-Vamos ali, Zezé?

-Hic, posso não, Merlinha não deixa.

-Pode crê, (silêncio constragedor) relaxa então... Qualquer dia.



Gatas marotas, se vocês acham que isso é muito ainda não esperam pelo pior. Por enquanto vamos a outro caso clínico de Bucetite Aguda Crônica.


Quem não se lembra de Valeska? Não.


Não.

Não.


Isso mesmo. Não, monossílabo que regia a vida desta mulher sofrida, única palavra que dominava em vários idiomas (não, no, non, not, nã mermã) extinguiu-se com a chegada de Natirana. Classic exemplo.


Valeska, vamos sair? - 2007

Não!

Valeska, vamos sair? - 2008
Não!

Valeska, vamos sair? - 2009

Não!


Depois de Natirana...


Valeska....

Vamos sim, vamos né, nati?

Ebaaaaa, vamos.



O_o não tenho palavras pra descrever tal poder feminino sobre a butch negativa.



Diana, poupo-lhe sobre esses comentários superflúos. Estamos juntas na dor. Beeejo.




E para o grand finale, diretamente do Village do Rádio Anal, Fernada.

Não é segredo pra ninguém, nem pra Nelson Rubens, nem pra carismática Sônia Abrão que a fundadora do cone de ouro era a maior solteira convicta - mesmo namorando.


Após conturbado inferno astral no último decanato de outubro e início da casa de novembro, a pop star mencionada, que proferia aos sete ventos que jamais namoraria uma escorpiana novamente, se encontra nesse estágio da vitae com os culotes arriados por uma maligna aracnídea de ferrão. E quem diria, que odeia butches.


Esse poder feminino pode destruir amizades, regenerar fígados, salvar pulmões, limpar rins, tudo com um pouco de veneno e sexo secreto.




Onde a bucth se perde? Para onde foi aquela vivacidade para todo tipo de cabaré? Cadê as mulheres facéis, as bebedeiras sem fim, as ligações ao meio dia pra mãe pra dizer que não dormiu em casa? Onde estão os maços vazios, as garrafas quebradas?



Snif, ficaram pra trás, porquê na frente, mulheres só veem amor.

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